quinta-feira, 31 de março de 2011

Edemar Cid Ferreira pede perícia em computadores

Segurança da casa
 
 
A defesa do ex-controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, pediu que a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo faça uma perícia nos computadores da antiga casa do banqueiro para verificar se houve quebra de sigilo. Edemar quer que os computadores que, segundo ele, foram retirados da casa sejam abertos diante de um perito do Instituto de Criminalística, com senha fornecida por ele.

De acordo com o advogado do banqueiro, Hugo Gomes Zaher, quando o depositário fiel e administrador judicial da falência, Vânio Aguiar, assumiu os bens da mansão, rompeu os lacres do sistema de segurança, a exemplo do que já havia feito nos computadores pessoais não só de Edemar como de toda sua família e funcionários. "Não se alude apenas ao risco de segurança, mas roubo ou furto por terceiros, não identificação de entradas e saídas de pessoas com a precisão do sistema anterior e mais grave, não previne incêndios", afirma.

O documento afirma que houve testemunhos de violações, inclusive o que levou o juiz Regis Bonvicino, da 1ª Vara de Pinheiros, a destituir Vânio Aguiar do cargo de depositário fiel (ele conseguiu uma liminar para retornar ao cargo). A própria promotora do caso afirmou, à época, em texto de próprio punho, que Aguiar autorizou a entrada de mais de 251 pessoas não identificadas e que garrafas de vinho da adega foram consumidas.

Na conhecida mansão na Rua Gália, no bairro do Morumbi, em São Paulo, o sistema de segurança era mantido por cerca de 72 câmeras, que filmavam tanto a área externa como interna da residência, e monitoradas por moderno sistema de computação, usando três gravadores especiais e de alta potência. O sistema permitia a filmagem constante, 24 horas por dia, de toda a movimentação na casa, com a gravação garantida por meses. Dez monitores, com tecnologia de aproximação (zoom) e registro, eram acompanhados diuturnamente por seguranças.

A petição protocolada esta semana afirma ainda que o administrador judicial não relacionou os bens arrecadados e os documentos retirados do local, solicitando que o juiz determine que isso seja providenciado. De acordo com o advogado, com isso, Aguiar impede o ex-banqueiro de se defender em várias ações que tramitam na Justiça. Edemar mantinha em sua casa uma espécie de cartório com cópias das principais peças processuais necessárias à sua argumentação.

"Segundo relato do Juiz da 1ª Vara de Pinheiros e do perito nomeado para relacionar as obras de arte que estavam na residência, algumas obras teriam desaparecido, razão pela qual é de suma importância de que os gravadores do sistema de segurança sejam abertos na presença do perito de modo a primeiro evitar que ocorra a limpeza das imagens importantes durante o período do acesso do depositário fiel e em segundo para poder ser constatado se existiu efetivamente o desaparecimento de obras de arte e consumo de bens de propriedade do Falido e de seus familiares", diz a petição.

Dívidas pagas
"Eu tive que esperar esses anos todos em silêncio para me defender. Agora posso demonstrar, com ações, algumas ganhas em todas as instâncias, que foi um erro a decretação da falência do Banco Santos, assim como o despejo e outros atos que foram praticados contra mim e a minha família. A verdade não é minha. A verdade são os números que vêm demonstrando", afirma Edemar Cid Ferreira. "Só precisei ter paciência. Mas agora chegou a hora e eu defendo também os credores, que receberão tudo. Aliás, já estão recebendo", conclui de forma segura.

Clique aqui para ler a petição.

Com Informações: Conjur

"Prejuízo" anunciado e esperado na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

O conselho deliberativo da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna aprovou nesta semana a prestação de contas da instituição, referente ao exercício de 2010. Nos números apresentados, o vermelho chama bastante atenção: a Santa Casa teve, no ano passado, mais de R$ 4 milhões de prejuízo, para Santa Casa, pois para o Inclito "Provedor" Dr. Renan Moreira a Sta Casa é a sua galinha dos ovos de ouro, Milhões por mês para desviar e poucos ou ninguém para reclamar/ficalizar.

A registrar que o primeiro-tesoureiro da filantrópica pediu afastamento antes de assinar a prestação de contas. por não compactuar com os desvios de dinheiro e privilégios declarados por parte do "Provedor" Renan Moreira, A rubrica contida no documento é a do segundo-tesoureiro, José Moreira Laythiner.

Nos bastidores, comenta-se que o primeiro-tesoureiro se afastou depois de saber que alguns fornecedores da Santa Casa ( TRRR), eram priorizados na hora dos pagamentos, já que nem sempre havia condição de acertar as contas com todo mundo.
Aos de casa, preferência…


 

VERBA DE MERENDA PAGOU UISQUE, CAIXAS DE VINHO E ATÉ RAÇÃO DE DIZ: PF. PF NELES!

Dinheiro público que seria gasto com merenda escolar foi usado na compra de uísque, caixas de vinho e até ração para cachorro em municípios do interior de Alagoas.

Investigação do Ministério Público Federal, Controladoria-Geral da União e Polícia Federal encontrou indícios de que em nove cidades do Estado parte do repasse federal destinado à compra de alimentos foi usada para pagar compras para a casa de pessoas ligadas às prefeituras. Estima-se um desvio de R$ 8 milhões em dois anos.

Ontem, a PF montou uma operação nas prefeituras de Girau do Ponciano, Poço das Trincheiras, Estrela de Alagoas, Senador Rui Palmeira, Belo Monte, Limoeiro de Anadia, Lagoa da Canoa, Traipu e Craíbas. Foram expedidos 16 mandados de prisão e 13 pessoas foram presas -a PF não divulgou nomes.
 
Quatro primeiras-damas, no entanto, tiveram mandados de prisão expedidos. Segundo a PF, elas faziam compras pessoais em mercados que forneciam alimentos ao município e assinavam notas promissórias pagas com dinheiro da merenda.
 
Segundo a PF, parte do dinheiro do contrato era "devolvido" em espécie pelos fornecedores, que cobravam uma comissão.
 
Durante visitas feitas a escolas, crianças disseram aos investigadores que comiam biscoito com café ou suco no lanche ou, então, cuscuz com carne seca.
 
Nos contratos, no entanto, estavam previstas compras de carne bovina e de frango, entre outros. Em algumas escolas, só havia merenda para metade do mês.
 
"Uma criança disse que devíamos visitá-los mais vezes porque naquele dia o lanche -pão com carne moída- estava bom", disse o delegado André Costa.
 
O Ministério da Educação repassa R$ 0,30 por dia por aluno da rede municipal. As prefeituras compram os alimentos e devem complementar o valor para que a merenda supra as necessidades nutricionais dos alunos.
 
PREFEITOS
Na força-tarefa que apura os supostos desvios, houve pedidos de prisão temporária de oito prefeitos em Alagoas, todos negados pela Justiça.
 
Estão sendo investigados os prefeitos de Poço das Trincheiras, José Gildo Rodrigues Silva (PSC); Estrela de Alagoas, José Almerino da Silva (PP); Senador Rui Palmeira, Siloé de Oliveira Moura (PSC); Belo Monte, Antônio Avânio Feitosa (PP); Limoeiro de Anadia, James Marlan Ferreira Barbosa (PP); Lagoa da Canoa, Jair Lira Soares (PSC); Traipu, Marcos Antonio dos Santos (PTB); e Craíbas, Edielson Barbosa Lima (PT do B).
 
Segundo a PF, não há indícios de ligação do prefeito de Girau do Ponciano, David Ramos de Barros (PTB), com o esquema.
 
Fonte: Folha de S.Paulo


Itabuna Textil S.A obteve decisão favorável em mandado de segurança impetrado contra ordem do juiz de Itabuna

A Itabuna Textil S.A., dona das marcas Tri-Fil e Scala, obteve decisão favorável em mandado de segurança impetrado contra ordem do juiz de Itabuna, na Bahia, que exigiu depósito prévio para realização de perícia em seu estabelecimento comercial. A ordem, negada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), foi concedida pela Subseção 2 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por unanimidade.
A ação teve início com reclamação trabalhista proposta por uma auxiliar de produção da empresa com pedido de pagamento de adicional de insalubridade e reflexos. Ela disse, na petição inicial, que trabalhava diretamente com produtos químicos, que exalavam odor forte, e que, apesar das condições insalubres, a empresa não fornecia equipamentos de proteção individual (EPIs).
A empresa, por sua vez, negou a exposição às condições insalubres e o juiz, para decidir a questão, solicitou a realização de perícia técnica. Ocorre que o magistrado, em sua decisão, determinou que a empresa pagasse antecipadamente, no prazo de 30 dias, o valor de R$ 300,00 relativos aos honorários do perito.
Contra essa decisão a empresa impetrou mandado de segurança no TRT, mas o pedido foi negado. Em recurso ordinário ao TST, obteve a segurança pleiteada. O relator, ministro Vieira de Mello Filho, destacou em seu voto que o TST pacificou o entendimento, mediante a Orientação Jurisprudencial n° 98 da SDI-2, de ser ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia independentemente do depósito.
(Cláudia Valente)
Processo: PROCESSO Nº TST-RO-323-93.2010.5.05.0000

Walmart enfrenta uma multidão na Suprema Corte

Mulheres unidas
 
 
A Suprema Corte dos Estados Unidos começou, nesta terça-feira (29/3), a ouvir as partes envolvidas na maior ação trabalhista, por discriminação sexual, da história dos EUA. A mega-rede de supermercados Walmart é réu de uma ação conjunta (de mais de uma década de desdobramentos) movida por milhares de funcionárias e ex-funcionárias que acusam a companhia de levar a cabo uma cruel política de discriminação por conta de questões de gênero.

Mais de 500 mil funcionárias alegam tratamento diferenciado entre homens e mulheres na concessão de salários, benefícios e promoções pela maior companhia varejista do mundo.

O caso é delicado e é um dos mais importantes a ser julgado pelos nove juízes da Suprema Corte nos últimos anos. O mérito em questão é se os autores do processo podem movê-lo em conjunto contra a Walmart, de forma que o grupo de reclamantes siga se expandindo, uma vez que este é constituído por todas as mulheres que trabalharam para a cadeia de supermercados desde 1998. A Suprema Corte não avalia os supostos casos de discriminação em si, mas se o processo pode ser estruturado como uma gigantesca ação de classe.

A Walmart alega que as ações tratam de assuntos diversos que não podem ser incorporados em um único processo judicial. Os representantes das centenas de milhares de funcionárias argumentam que ações individuais teriam um custo muito alto e um grau de diversidade difícil de conceber e executar juridicamente.
O processo começou na Califórnia há mais de dez anos. Um tribunal de primeira instância e, posteriormente, a Corte de Apelação de São Francisco aceitaram que o caso podia ser julgado como ação conjunta de classe.

Antecedentes e paradigma
De acordo com especialistas em Justiça dos EUA, o caso da Walmart é considerado um teste para o constante embate ideológico e político presente no dia-a-dia dos juízes da Suprema Corte.

O correspondente em Washington e especialista em Justiça do jornal Los Angeles Times, James Oliphant, lembrou, em um artigo publicado logo após a audiência desta terça-feira, o ineditismo de alguns aspectos que envolvem esse rebento da justiça californiana. A reportagem do Los Angeles Times observa que se os autores do processo saírem vitoriosos, o fato poderá desencadear uma avalanche de ações judiciais como esta, sustentadas mais amplamente em modelos estatísticos do que em evidências factuais e provas concretas. E caso a Walmart saia vitoriosa, será uma eloquente confirmação dos métodos adotados pela advocacia corporativa norte-americana.

Durante a audiência realizada nesta terça-feira, os juízes da Suprema Corte fizeram perguntas quanto a evidências a serem apresentadas pela defesa com a finalidade de desacreditar o mérito da ação contra a companhia.

Os juízes também questionaram o argumento dos representantes da ação sobre a empresa ter delegado poderes exagerados aos gerentes na hora de contratar e negociar salários. O juiz Antonin Scalia foi quem manifestou a dúvida a um dos advogados responsáveis pela ação, Joseph M. Sellers, sobre a aparente contradição envolvendo o argumento. “Do que se trata afinal” disse o juiz. “Dos desmandos de gerentes agindo individualmente ou de uma cultura corporativa que orientava o que fazer”, questionou Scalia.

O advogado que representa a Walmart, Theodore J. Boutrous, que encarou os juízes no plenário na terça-feira, argumentou que o caráter das ações são diversos entre si. De acordo como Boutrous, trata-se de pelo menos 170 aspectos trabalhistas distintos que deveriam ser julgados separadamente. “Cada reclamante tem uma história diferente. Não é justo que tudo seja incorporado em uma gigantesca ação de classe, argumentou Boutrous.

Segundo a agência de notícias The Associated Press, o advogadoTheodore Boutrous também orientou sua apresentação com base no entendimento de que, ao se autorizar uma ação de classe, a Walmart seria privada de alguns de seus direitos legais. O mérito para se avaliar episódios de discriminação de gênero, de acordo com Boutrous, depende da avaliação do cargo de cada funcionária, das responsabilidades que tinham sob seu controle e onde trabalhavam.

Como exemplo, o advogado citou o grupo de “pelo menos 544 mulheres”que, a um só tempo, são apontadas como responsáveis pela discriminação e vítimas de discriminação.

De acordo com a cobertura do Los Angeles Times, a “ala feminina “ do alto tribunal – as juízas Ruth Bader Ginsburg, Sonia Sotomayor e Elena Kagan demonstraram, durante a audiência, serem mais favoráveis à causa das reclamentes. Ginsburg observou que se a empresa não fez nada para impedir casos de discriminação generalizada, ainda assim deve responder por eles de forma geral, mesmo que não seja a responsável direta por sua ocorrência.

Analistas especulam que o processo pode não sair do lugar. O desfecho corre riscos de ser adiado mesmo com o caso tendo chegado à Suprema Corte. Há chances consideráveis de o alto tribunal devolver o processo para a corte de primeira instância na Califórnia, exigindo a revisão de um conjunto de questões como as que tratam de pormenores envolvendo o atraso de salários, concessão de benefícios e política de folga e férias.

A decisão é esperada para ocorrer até setembro.
Leia aqui o histórico do caso Walmart v. Dukes 10-277, em inglês, no site da Suprema Corte dos EUA.

Jornal não pode publicar notícia contra juízes

Há 629 dias

A 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais de Vitória, no Espírito Santo, manteve a sentença do juiz Marcos Horácio Miranda que proíbe a publicação de reportagens sobre supostos abusos cometidos por dois juízes contra advogados no jornal Século Diário.

Além da proibir a veiculação de notícias, a relatora do caso, juíza Inês Vello Côrrea, manteve o pagamento de indenização por danos morais, acompanhada pelo colegiado de forma unânime. A ação foi movida pelos juízes Flávio Jabour Moulin e Carlos Magno Moulin Lima, respectivamente, filho e sobrinho do ex-presidente do TJ-ES, desembargador Alemer Ferraz Moulin (agora aposentado).

No processo, os autores pleiteavam a retirada do ar da reportagem que tratava da denúncia feita por advogados de abusos cometidos na própria esfera dos Juizados Especiais. As queixas foram relatadas ao CNJ durante audiência pública do órgão no TJ-ES em junho de 2009. 

Procurado pela ConJur, o juiz Carlos Magno explica que a decisão proibiu a veiculação de três reportagens em que é acusado de perseguição por uma advogada e afirma que a representação levada ao Conselho Nacional de Justiça foi arquivada. "O Século Diário há algum tempo tem se especializado em achincalhar a honra de autoridades no Espírito Santo. Não só a minha, mas de promotores, desembargadores, procuradores e outros juízes", declarou Carlos Magno.

O juiz Marcos Horácio Miranda decretou a censura às notícias no dia 9 de julho de 2009. Logo depois desta decisão, o assunto repercutiu na imprensa. O jornal O Globo, na edição de 10 de julho — um dia após a decisão judicial — foi o primeiro grande jornal de circulação nacional a noticiar o fato, sob o título "Justiça do ES obriga site a retirar reportagens do ar".

No blog de Ancelmo Goes, também de O Globo, na edição do dia seguinte, o colunista diz, sob o título "Volta da censura", que, pelo jeito, "a garantia constitucional da liberdade de imprensa vale cada dia menos".

Também o blog do jornalista Dino Gracio publicou matéria sobre a censura. O site Vermelho, do PCdoB, reproduziu a notícia do jornal Século Diário publicada na edição do dia em que a censura foi decretada.
Entidades civis e de classe também protestaram contra a decisão judicial de censurar o jornal Século Diário. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Espírito Santo (Sindijornalistas-ES) publicou nota considerando a decisão "autoritária e arbitrária". A OAB-ES também divulgou uma nota oficial contra o ato classificado como "agressão à liberdade de expressão e de imprensa".

Notícia alterada às 18h50 desta quarta-feira (30/3) para acréscimo de informações.

Será mais simples obter Certidão Negativa de Débito

Dívida parcelada

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Receita Federal do Brasil pretendem simplificar a obtenção de certidão de regularidade fiscal pela internet. A nova sistemática, que deve estar disponível no dia 30 de abril, deve beneficiar quem aderiu ao parcelamento da Lei 11.941/2009 e as empresas que discutem na Justiça os débitos inscritos em Dívida Ativa da União. Cerca de 500 mil contribuintes aderiram ao parcelamento.

A previsão é que aproximadamente 100 mil empresas que sempre solicitam a certidão positiva com efeito de negativa sejam beneficiadas com a medida. Mensalmente, são emitidas 1,5 milhões de certidões de regularidade fiscal conjuntas da PGFN e da Receita. Desse total, em média 8 mil pedidos são feitos no balcão das unidades dos órgãos.

No caso dos contribuintes que aderiram ao parcelamento da Lei 11.941/2009, mesmo aqueles que o fizeram só com uma parte dos débitos, podem obter a certidão pela internet. Dessa forma, segundo o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Ocaso, não é necessário que o optante compareça a uma unidade da Receita ou da PGFN para apresentar a documentação.

As empresas que têm débito inscrito em Dívida Ativa com exigibilidade suspensa por decisão judicial ou apresentação de garantias também não precisarão mais apresentar a documentação em uma unidade dos órgãos para pedir certidão positiva com efeito de negativa.

"As medidas que estão sendo implementadas devem permitir que o próprio sistema verifique se o débito daquela empresa, que está solicitando a certidão, está ou não com exigibilidade suspensa, e que o documento seja emitido pela internet", explicou o diretor do Departamento de Gestão da Dívida Ativa da União da PGFN, Paulo Ricardo de Souza Cardoso.

Do pacote de medidas que está sendo implantado faz parte o envio de mensagem para a caixa postal do contribuinte no sistema e-CAC, mencionando a existência de pendências, o vencimento da CND existente e orientação para verificar a situação fiscal no e-CAC.

A PGFN e a Receita alertam que o prazo para retificar modalidades de parcelamento acaba nessa quinta-feira (31/3). Será permitida a retificação de modalidade de parcelamento ao contribuinte que tiver pelo menos uma modalidade de parcelamento prevista nos referidos artigos da Lei 11.941, como alteração ou inclusão, se for o caso. Todo o cronograma e as ferramentes de parcelamento estão disponíveis no site da Receita Federal do Brasil. 

 Com informações da Assessoria de Imprensa da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

terça-feira, 29 de março de 2011

Bolsonaro diz na TV que seus filhos não 'correm risco' de namorar negras ou virar gays porque foram 'muito bem educados'


RIO - O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter após uma polêmica entrevista ao programa CQC, da Band. Ao participar do quadro "Povo quer saber", em que respondeu a curiosidades do público, o deputado disse que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque "foram muito bem educados". ( Veja o vídeo com a polêmica entrevista )

- Não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco. Os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu - disse Bolsonaro, em resposta à cantora Preta Gil, que perguntou ao deputado o que ele faria se filho dele se apaixonasse por uma negra.

"Advogado acionado, sou uma mulher negra, forte e irei até o fim contra esse deputado, racista, homofóbico, nojento, conto com o apoio de vocês", disse a cantora no Twitter.

Sobre como encararia a homossexualidade de um filho, o deputado voltou a repetir que "não corre este risco":

- Isso nem passa pela minha cabeça. Eles tiveram uma boa educação. Eu sou um pai presente, então não corro este risco.

Numa entrevista em que disse que seus gurus na política são todos os presidentes da ditadura militar, Bolsonaro falou também sobre uma possível participação em uma parada gay:

- Não iria porque não participo de (eventos para) promover os maus costumes. Até porque acredito em Deus, tenho uma família, e a família tem que ser preservada a qualquer custo, senão a nação simplesmente ruirá.

Em seguida, o parlamentar respondeu por que é contra as cotas raciais, adotadas em várias universidades brasileiras.

- Todos nós somos iguais perante a lei. Eu não entraria em um avião pilotado por um cotista, nem aceitaria ser operado por um médico cotista.

A forma como Bolsonaro agiria em relação a opções dos filhos foi questionada mais de uma vez pelo público. Em uma delas, perguntaram ao deputado o que ele faria se um filho fosse flagrado usando drogas.
- Daria uma porrada nele, pode ter certeza disso - disse o parlamentar, para responder em seguida se "torturaria" o filho pelo uso de entorpecentes: - Se agir com energia é torturar, vai ser torturado.

Antes de dizer que é "uma pessoa excepcional dentro de casa", Bolsonaro disse que detesta Cuba e que, por ele, Dilma Rousseff jamais seria presidente da República:

- Pelo passado dela, de sequestros e roubos - afirmou, referindo-se à época em que a presidente fazia parte de grupos de esquerda que lutavam contra a ditadura.

Bolsonaro também enumerou os motivos pelos quais sente saudades do regime militar no Brasil:
- Do respeito, da família, da segurança e da ordem pública e das autoridades que exerciam autoridade sem enriquecer.

Na TV, Bolsonaro diz a Preta Gil que namoro com negra seria 'promiscuidade'

Em entrevista na noite da segunda-feira, 28, ao programa CQC, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) deu declarações que tiveram grande repercussão nas mídias sociais e devem gerar reações de diversas entidades e militantes, como os movimentos gay e negro.

Entre outras coisas, o parlamentar disse que, se pegasse filho fumando maconha, o torturava. Quando indagado o que faria se tivesse um filho gay, respondeu: 'Isso nem passa pela minha cabeça, eu dei uma boa educação, fui pai presente, não corro este risco.'

Questionado sobre cotas raciais, disse: 'Eu não entraria em um avião pilotado por um cotista nem aceitaria ser operado por um médico cotista.'

Por fim, a cantora Preta Gil, filha do ex-ministro e músico Gilberto Gil, perguntou o que ele faria se o filho se apaixonasse por uma negra. 'Ô Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como, lamentavelmente, é o teu', respondeu.

Ivete xinga folião que a chamou de 'cheirada' em carnaval baiano

Está sendo divulgado na internet um vídeo em que a cantora Ivete Sangalo xinga um folião que aparece dizendo que ela está "cheirada", durante sua apresentação em um trio elétrico no circuito Barra/Ondina, no carnaval baiano.

A cantora interrompeu a música e negou que usa drogas e pediu respeito, pois é uma mãe de família. "Painho, eu não tô cheirada não, eu tenho é saúde pra c......, eu sou de família e você me respeite viu seu p... !", disse Ivete ao rapaz, para em seguida continuar a apresentação.

Ivete Sangalo escalda folião que diz "ela esta cheirada"( Escalde do AXÉ...

Lei da ficha limpa pode levar uma década para entrar em vigor, isto é Brasil!.

Depois de anular o efeito da lei Ficha Limpa sobre as eleições de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia debate que pode adiar a entrada da medida em vigor por até uma década. Os próximos julgamentos do STF sobre a lei indicam que dificilmente ela valerá integralmente para as eleições de 2012, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores. Como a constituição brasileira prevê, no artigo 5º, que ninguém deve ser considerado culpado “até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, o Tribunal estabeleceu que o cumprimento de uma punição só começa quando o réu esgota todas as possibilidades de recurso ao Judiciário. Ou seja, até que os processos em curso cheguem ao fim, o que pode levar cerca de 10 anos, nenhum político será alcançado pela Ficha Limpa. Informações da Agência Estado.

TJ de São Paulo investigará juízes improdutivos

ROGÉRIO PAGNAN
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO

Os desembargadores paulistas com baixa produtividade serão alvo de investigação disciplinar pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Resolução publicada ontem pelo órgão determina que os magistrados com processos sem decisão há pelo menos três anos sejam retirados das causas e expliquem o motivo da demora.

Essa medida vale para mais de 47 mil casos de segunda instância que estão no arquivo do TJ, no bairro do Ipiranga (zona sul). Eles serão repassados para outros desembargadores com melhor desempenho.
Quem receber esses processos antigos deverá julgá-los em até 120 dias.

Uma punição nas apurações disciplinares poderá ir de uma advertência até a aposentadoria compulsória, em caso extremo.

No tribunal atuam também alguns juízes de primeira instância convocados.

O desembargador do TJ-SP e presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Henrique Nelson Calandra, classificou a medida como positiva. Segundo ele, a maioria dos juízes apresentará justificativas para o acúmulo de processos.

Uma punição já prevista na resolução é que aquele com baixo desempenho terá a autorização para dar aulas "revista" pelo Conselho Superior da Magistratura.

De acordo com a legislação, os juízes e desembargadores só podem exercer uma outra atividade remunerada atuando como professores.

Além disso, o documento prevê ainda que os magistrados com baixo desempenho não poderão participar de comissões do tribunal.

Um dos termômetros dessa produtividade será a chamada "meta 2" do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que orientou os tribunais do país a julgar todos os processos iniciados antes de 31 de dezembro de 2006, ou de 2007, no caso de homicídio ou crimes contra a vida.

Outro parâmetro a ser utilizado é a atuação dos próprios colegas de corte.
Segundo a resolução, o juiz ou desembargador com produtividade igual ou inferior a 70% da média de seus pares de seção ou subseção poderá ser investigado.

Além das causas no arquivo do Ipiranga, há ações antigas que estão nos gabinetes dos magistrados. Esses também devem ser julgados em quatro meses pelos responsáveis, sob risco de punição.

No total, tramitam no Tribunal de Justiça, em segunda instância, 773 mil processos. A OAB-SP divulgou nota em que considerou a medida do órgão "corajosa".

Com Infomrações: Folha de S. Paulo.
 

'Nunca vi coisa tão séria', afirma ministra sobre fraudes de juízes

FREDERICO VASCONCELOS
DE SÃO PAULO

"Em 32 anos de magistratura, nunca vi uma coisa tão séria", diz a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, ao falar das investigações que descobriram um esquema de empréstimos fictícios comandado por magistrados.

"O caso me deixa preocupada, porque está caminhando para a impunidade disciplinar. Mas é emblemático. É muito grave e deixa à mostra a necessidade do Poder Judiciário se posicionar", diz.
'Nunca vi coisa tão séria', afirma ministra sobre fraudes
Reportagem da Folha revelou que contratos foram celebrados em nome de associados fantasmas da Ajufer e juízes que desconheciam ter feito qualquer empréstimo.
Documentos mostram que, de 2000 a 2009, a Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região) assinou 810 contratos com a fundação. Cerca de 700 foram fraudados. Ao menos 140 juízes tiveram os nomes usados sem saber, aponta apuração da própria Ajufer.
Folha - Como começou a investigação na corregedoria?
Eliana Calmon - Tive conhecimento com a ação de cobrança. Chamei o dr. Moacir. Ele me disse que tinha havido vários empréstimos e que colegas não pagaram. Chamei a presidente que o antecedeu, dra. Solange [Salgado]. Então, tive ideia dos desmandos na administração da Ajufer.

Quem mais foi ouvido?
Conversei com o general Burmann [Clovis Jacy Burmann, ex-presidente da fundação do Exército]. Ele me disse que a única pessoa que cuidou dos empréstimos foi o dr. Moacir. Voltei a ele, que me disse tudo. A partir da hora em que ele me confirmou que tinha usado indevidamente o nome dos colegas eu não tive a menor dúvida.

Ele admitiu a fraude?
Ele admitiu tudo. E que os antecessores e diretores da Ajufer não participaram

O que a levou a determinar o afastamento do juiz [decisão suspensa pelo STF]?
Os juízes estavam nervosíssimos. Um queria dar queixa na Polícia Federal, o outro queria entrar com uma ação. Teve juiz que chegou a dizer que ia mandar matar o dr. Moacir. Enfim, eu teria que tomar uma posição.

O que a sra. temia?
Meu temor é que ele ocultasse provas ou fizesse incursões. Ele mandou me entregar uma mala de documentos. Os juízes auxiliares ficaram estupefactos de ver os os contratos, empréstimos de R$ 300 mil, R$ 400 mil. Causou muita perplexidade encontrar talonários de cheques já assinados pela presidente que o antecedeu.

Por que o TRF-1 não afastou o dr. Moacir, em janeiro, com base na investigação?
O corregedor votou pelo afastamento, mas o tribunal entendeu que era injusto afastá-lo e não afastar os demais envolvidos.

Alguns juízes temem que haja impunidade.
Doutor Moacir era uma pessoa muito simpática e o tribunal tinha dele o melhor conceito. Ficam com "peninha" dele. "Coitadinho dele". Não é coitadinho, porque ele fez coisa gravíssima.

Entre os suspeitos há algum desembargador?
Há ao menos um desembargador envolvido, tomou empréstimo alto, me disse dr. Moacir, e não pagou.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Secretaria recomenda que Pão de Açúcar venda lojas

Risco concorrencial

A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, recomendou que o Grupo Pão de Açúcar se desfaça de algumas lojas da Casas Bahia ou do Ponto Frio no Distrito Federal e em cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Goiás. A informação é da Agência Brasil.

A Seae analisou por quase um ano e meio a compra das duas marcas pelo grupo e agora divulgou o relatório sobre a operação. O documento vai subsidiar a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que dará a palavra final sobre o caso. O Cade também vai receber um relatório da Secretaria de Defesa Econômica do Ministério da Justiça.

Segundo o relatório, a aquisição oferece risco para a concorrência em 12 localidades: Ceilândia, Planaltina e Recanto das Emas, no Distrito Federal; Novo Gama, cidade goiana no entorno de Brasília; Campos, Nova Iguaçu e São João de Meriti, no estado do Rio; Guarulhos, Jandira, Jundiaí, Praia Grande e Taboão da Serra, em São Paulo. Nesses mercados, o órgão avalia ser necessário que as lojas de pelo menos uma das marcas sejam vendidas.

O órgão recomendou, ainda, a venda de ativos como carteira de clientes e cadastros nas cidades listadas. O órgão autorizou que a marca com menor participação seja vendida, mas apenas para empresas entrantes ou com menos de 20% de participação no mercado de cada localidade.

Outra recomendação é a de que o Cade determine a venda de centros de distribuição em três unidades da federação: Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Porém, a Seae não especificou as localidades nem a parcela dos centros de distribuição que devem ser vendidos.

Compra
Em dezembro de 2009, o Grupo Pão de Açúcar anunciou a compra da Casas Bahia. Anteriormente, o mesmo grupo já havia comprado cerca de 70% da Globex, controladora do Ponto Frio. O negócio uniria as operações das duas empresas com a do Extra Eletro, que pertence ao Pão de Açúcar, sob a administração de uma única sociedade para aumentar a eficiência do negócio.

A legislação brasileira exige que atos de concentração, como compra ou fusão de empresas, que envolvam faturamento superior a R$ 400 milhões ou participação de mercado acima de 20% sejam aprovados pelo Cade após instrução do processo pela Seae e SDE.

sábado, 26 de março de 2011

Empresas de Eike registram prejuízo

A MPX, braço de energia do grupo, e a LLX, de logística, somaram R$ 282 milhões em perdas no ano passado.

Com a maior parte dos projetos ainda em construção, duas das empresas de Eike Batista anunciaram ontem terem dado prejuízo em 2010.

A MPX, braço de energia do grupo EBX criado em 2001, anunciou prejuízo líquido de R$ 256,2 milhões no ano passado.

Em 2009, a empresa já havia apresentado resultado negativo: R$ 210 milhões.

Já a LLX, empresa de logística, encerrou 2010 com prejuízo líquido de R$ 25,38 milhões, ante lucro de R$ 46,19 milhões no ano anterior. A empresa existe desde 2007.

O grande volume de despesas é um dos principais fatores para esses resultados negativos. Tanto MPX quanto LLX têm diversos projetos ainda em fase de montagem, que só passam a operar a partir deste ano.

A MPX informa ter investido R$ 2 bilhões no ano passado na construção de quatro usinas termelétricas. O investimento acumulado nesses projetos totaliza R$ 4 bilhões, de um total estimado de R$ 6 bilhões.

"Estamos entrando em fase final de construção e já preparando o início da operação dos empreendimentos. MPX Tauá, MPX Itaqui e Energia Pecém começam a produzir energia em 2011 e MPX Pecém 2, em 2012, totalizando receita fixa anual de R$ 750 milhões por 15 anos", afirma, em comunicado ao mercado, o presidente da MPX, Eduardo Karrer.

A LLX anunciou a duplicação do porto de Açu, dentro de um grande complexo de infraestrutura que está sendo erguido em São João da Barra, no norte do Rio. O porto terá capacidade para movimentar 350 milhões de toneladas por ano.

Apontado pela revista "Forbes" como o oitavo homem mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 30 bilhões, Eike Batista é dono da EBX, holding que controla diversas empresas.

Essas companhias investem, especialmente, em projetos de infraestrutura.

Além da LLX e da MPX, fazem parte do conglomerado do empresário a OGX (petróleo), a MMX (mineração) e a OSX (construção naval).

Atriz Cibele Dorsa morre após cair do 7ª andar


A atriz e escritora Cibele Dorsa, de 36 anos, morreu na madrugada deste sábado (26), ao cair da janela do sétimo andar do apartamento onde morava, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, informou a Polícia Civil.

O caso ocorreu por volta de 1h45, no Bairro Real Park. Pouco antes, a atriz postou mensagem no twitter lamentando a morte do noivo, ocorrida no início deste ano. O texto foi publicado com erros de digitação: “LMENTO, EU NÃO CONSEGUI SUPORTAE A MORTENOS MEUS BRAÇOS MAS, LUREI...ATE ONDE EU PUDE”.

Até por volta de 4h30, a Polícia Civil mantinha uma equipe no local onde a atriz morreu para colher evidências e informações. Até aquele horário, não estava descartado, segundo a polícia, a hipótese de suicídio. O caso seria registrado no 34º DP (Morumbi).

Em 30 de janeiro deste ano, o noivo de Cibele, o apresentador de TV Gilberto Scarpa, de 27 anos, sobrinho do empresário Chiquinho Scarpa, morreu do mesmo modo, caindo da mesma janela.

Ele apresentava o programa de variedades “Brasil bites” no canal da TV paga E! Entertainment Television desde agosto de 2010.

Segundo informações das assessorias de imprensa do canal e do apresentador, Scarpa cometeu suicídio.

Na ocasião, a atriz postou a seguinte mensagem em seu perfil no Facebook, sobre a morte do noivo: “Meu noivo se suicidou essa noite, com ele morto eu me sinto morta. Prefiro ir com ele, minha força não faz mais sentido. Quero ir encontrá-lo”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

POLÍCIA FEDERAL CAUSOU APREENSÃO EM ITABUNA

Na manhã desta terça-feira em Itabuna vários políticos e empresários investigados pela operação “Vassoura de Bruxa” ficaram apreensivos.
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O motivo da apreensão foi uma grande movimentação de agentes da Polícia Federal pelo centro da cidade. Os políticos e empresários ficaram com receio de serem presos, entretanto, não foi dessa vez que os investigados foram presos.

Google é multada por coleta indevida de dados

Street view
 
A Comissão Francesa de Informática e Liberdades (CNIL) multou nesta segunda-feira (21/3) o Google em 100 mil euros por coletar dados privados por meio do programa Street View, segundo o jornal Le Parisien/Aujourd'hui en France. De acordo com a Folha Online, o secretário-geral da entidade, Yann Padova, afirmou que o valor da multa bateu o recorde de 2004, quando a CNIL conseguiu o direito de impor sanções financeiras.

O Google Street View mostra vistas panorâmicas das ruas em três dimensões, que permitem o deslocamento virtual do usuário pelas cidades. Desde que foi lançado, em 2007, o serviço provoca polêmica em muitos países. Em maio do ano passado, o Google revelou que os carros que percorrem as ruas para tirar as fotografias para o programa coletaram sem querer dados pessoais (como e-mails e principalmente vídeos) transmitidos por Wi-Fi.

Dessa forma, a CNIL estimou que os carros do Google “aspiravam” informações “desprotegidas” que circulavam por um sinal de Wi-Fi quando passavam. “O enriquecimento desse banco de dados foi feito de forma desleal com as pessoas, porque elas não sabiam que eles estavam sendo recolhidos”, explicou Padova.

No início de 2010, o Google admitiu que captou acidentalmente dados pessoais, entre eles e-mails e senhas de computadores, de redes Wi-Fi em vários países por meio dos carros do Street View. Em julho do mesmo ano, 37 estados americanos anunciaram a investigação sobre o Google. Segundo a Folha, trata-se de um desdobramento da investigação iniciada pelo procurador-geral de Connecticut, Richard Blumenthal, no mês anterior.

O caso veio à tona no mês de maio nos Estados Unidos. À época, a empresa anunciou que a frota de carros tinha acidentalmente recolhido informações pessoais — que um especialista em segurança disse poder incluir mensagens de e-mail e senhas.

Segundo o jornal americano The Wall Street Journal, em carta aberta enviada ao Google, Blumenthal pediu detalhes sobre a coleta de dados, inclusive informações sobre uma possível venda ou uso dos dados coletados. Ele também pediu que informasse se o programa foi testado, quanto tempo o software passou coletando dados de sinais específicos — além de divulgar nomes dos empregados envolvidos e suas respectivas explicações sobre o caso.

A companhia reiterou que a coleta se tratou de um “erro”, mas que não cometeu “nada ilegal”. No entanto, autoridades regulatórias americanas que investigavam o caso decidiram encerrar o inquérito em outubro, mencionando as melhoras que a companhia havia adotado a fim de integrar proteção de privacidade dos consumidores à sua estrutura empresarial. As investigações e pressões sobre questões de privacidade do serviço de mapeamento também se estendem a outros países europeus além da França.

TJ-RJ autoriza exumação do corpo de Tim Maia

Exame de DNA

A 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta terça-feira (22/3) a exumação do corpo de Sebastião Rodrigues Maria, o cantor Tim Maia, a pedido de uma mulher que alega ser filha do artista.

A suposta filha de Tim Maia entrou com ação de investigação de paternidade na 2ª Vara de Família da Barra da Tijuca. O juízo de primeiro grau permitiu que o exame de DNA fosse feito a partir dos restos mortais do artista em dezembro do ano passado. Os herdeiros do cantor recorreram da decisão, alegando que eles próprios poderiam fornecer o material para o exame.

O desembargador Guaraci Vianna, relator do caso, afirmou que o exame de DNA feito em parentes de primeiro grau não tem a mesma precisão daquele realizado no próprio genitor. Citando trechos de músicas do cantor, o relator rejeitou também a alegação dos herdeiros de que a exumação, após 12 anos da morte de Tim Maia, seria um profundo desrespeito ao sentimento da família, causando profundo trauma e constrangimento moral.

"Na verdade, a vida do consagrado artista é um espelho e o que se vê através dele são as suas obras, músicas principalmente. A exumação do seu cadáver não causará qualquer sacrifício insuportável, dor ou trauma como argumenta a agravante. A alma e o espírito do suposto pai não serão incomodados e certamente estarão em estágio que o falecido, quando vivo, apregoava na sua música 'sossego'. Não deu a agravante 'motivos' suficientes para o provimento do agravo", rebateu o desembargador.

Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-RJ.
Processo 006778880.2010.8.19.0000

CF não fixa prazo de entrada de ação por dano

Jornalistas processados

Uma ação por danos morais levada ao Superior Tribunal de Justiça por Ruy Salgado Ribeirão, ex-presidente Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto S/A (Ceterp), contra dois jornalistas vai prosseguir. Em julgamento do último 1º de março, a 4ª Turma do STJ decidiu dar provimento ao pedido. A turma acompanhou voto do relator do caso, ministro Aldir Passarinho Junior, que entendeu que o prazo decadencial da ação ainda não venceu e que ação deve continuar contra ambos os réus. 

Salgado Ribeirão é acusado de participar de um esquema de fraude na privatização da empresa, que aconteceu em 2000. As reportagens que falam sobre as suspeitas foram publicadas em agosto e novembro daquele ano. Meses depois, em junho de 2001, o ex-presidente entrou com uma Ação de Indenização por Danos Morais. O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou o prazo como prescrito.

Segundo o órgão, o intervalo entre a divulgação das acusações e o ajuizamento da ação extrapolaria os três meses limitados pela Lei de Imprensa. Por isso, o TJ-SP determinou a extinção do processo.

No recurso levado ao STJ, os advogados de Ruy Salgado apontaram dois erros no posicionamento do TJ. Em primeiro lugar, disseram, o artigo da Lei de Imprensa que impôs o prazo decadencial de três meses não foi validado pela Constituição Federal. Os advogados alegaram ainda a existência de ofensa aos artigos 219 e 519 do Código de Processo Civil, que tratam do prazo e da extensão dos efeitos da decisão no processo. Apesar de apenas um deles ter apresentado recurso, a sentença foi aplicada aos dois.

O artigo 5º, inciso X, da Carta Magna, que definiu o dano moral, não determinou o prazo para a ingresso da ação. O relator apontou que essa é a jurisprudência pacífica do STJ e do Supremo Tribunal Federal. Com informações da Assessoria de Comunicação do STJ.

domingo, 20 de março de 2011

ENTERRO DE IGOR DA BIOFIT SERÁ HOJE


O empresário Igor Mascarenhas, das Academias BioFit, será enterrado amanhã, às 16 horas, no cemitério Campo Santo, em Itabuna. O jovem de 25 anos morreu após o capotamento do carro que dirigia, na avenida J.S. Pinheiro, por volta das 4h deste domingo. As últimas homenagens são prestadas a Igor no velório Santa Fé, ao lado do Campo Santo.

De acordo com Vladstone Menezes, do Sport News, a família aguarda a chegada do ex-sogro de Igor, o juiz da Vara da Infância, Marcos Bandeira, que estava na Espanha. Amanhã, não haverá aula de educação física ou treinamento das equipes esportivas do Colégio Ciso. A mãe de Igor, Lílian Seara, é coordenadora de Educação Física da escola.

CARRO DESTRÓI ESTANDE DO ECO AMÉRICA

Estande destruído na praça Adami
O motorista de um Fiat Siena perdeu o controle do carro e destruiu o estande de vendas do Eco América Residencial, da Casa Própria Construtora, na praça Adami, centro de Itabuna, por volta das 4h30min deste domingo.

O motorista, de prenome Ubirajara, vinha em alta velocidade e não conseguiu evitar o choque ao completar a manobra entre a avenida do Cinquentenário e a praça Adami.

O Fiat Siena, placas JRD 2209, bateu na lateral e saiu arrancando a estrutura do estande. Adenilson de Jesus, que fazia a segurança do local, ainda teve tempo de correr enquanto a estrutura do espaço de vendas desabava.
Estande desmoronou com após choque

DONO DA ACADEMIA BIOFIT MORRE EM ACIDENTE

Igor morreu em acidente nesta madrugada
(Foto Radarnoticias.com).

O dono das academias Biofit, Igor Seara Mascarenhas, 25, morreu em um grave acidente na avenida José Soares Pinheiro, bairro Lomanto, em Itabuna, por volta das 4h deste domingo.

O carro dirigido por Igor, um Ford Ka (NTS-0237), capotou  após bater no canteiro central da avenida, deixando a vítima presa às ferragens.

De acordo com testemunhas, Igor havia deixado amigos em casa e voltava para uma boate na J.S.Pinheiro.
A perícia técnica confirmou ao Radar Notícias que Igor estava em alta velocidade. Ele teria perdido o controle ao passar por um último quebra-molas, em frente à Faculdade Unime.

Carro capotou após quebra-mola e tentativa de frear
 (Foto Radar).

A REGIÃO (TALVEZ) SÓ NA INTERNET



Marcel Leal: possível fim da edição impressa
(Foto A Região).

Quem anuncia é o próprio Marcel Leal na coluna que assina, semanalmente, n´A Região: o principal veículo impresso do sul da Bahia pode seguir o exemplo do Jornal do Brasil e ficar só online. “Depois de quase 24 anos, é provável que neste ano a gente encerre de vez a edição impressa e fique só com a online”.

O empresário e jornalista disse que está difícil “manter os custos de um impresso em região onde empresários não valorizam independência”. É uma pena e , daqui, fica a torcida para que o cenário mude.
Pela redação do jornal itabunense passaram nomes como Daniel Thame, Luiz Conceição, Walmir Rosário, Maurício Maron, Rose Marie Galvão, Domingos Matos, Vera Rabelo e Ailton Silva, revelado pela publicação e ainda um dos editores do semanário.

As dificuldades financeiras do jornal vêm desde a segunda metade dos anos 90, quando sofreu perseguição econômica dos governos do estado e municipal (ACM, Paulo Souto e César Borges, no plano estadual, e Fernando Gomes, no municipal).

A Região é considerado símbolo de destemor e responsável por desvendar a fraude que mudou a história dos vestibulares da Uesc ao revelar que a quebra de sigilo das provas de 1995. De lá para cá, a universidade terceirizou o processo de formulação e aplicação do vestibular, mas há 16 anos é sempre realizado pela Consultec.

Filhos do ex-presidente não podem usar "Lula" no nome

Possibilidades do léxico
 
Luiz Inácio, o torneiro mecânico, era conhecido entre seus colegas de chão de fábrica, como o Lula.
Com esse apelido, como sindicalista, alcançou destaque no movimento do operariado e posteriormente na Política, na porta das fábricas, como parte do movimento sindical e finalmente, através daquele que ficou conhecido – como excludente de todos os demais que com seus simpatizantes não se identificassem – como o Partido dos Trabalhadores.

Tal apelido, no sentido de nome alternativo ou substitutivo que se dá a alguém ─ ou no dizer dos léxicos[1] “m.q. alcunha ('denominação ou qualificativo') do que não discrepa outro menos autorizado dicionarista[2], corresponde a “Designação especial de alguém ou de alguma coisa” ─ assim como ocorre com os portadores do nome Francisco, com uma tendência de se tornarem “Chico”, “Quim” para os de nome Joaquim, “Zeca” ou “Zé” para os de nome José, etc. ganhou força e o fortaleceu, a ele atribuindo publicidade e volume em termos de simpatia dos operários e dos eleitores.

Não era e, s.m.j, desse fato não se tem notícia, o ex Presidente Lula chamado de Luiz Inácio, nome, digamos, segundo a boa tradição nordestina, adquirido na pia batismal.
Ocorreu aqui um fenômeno, de o apelido se tornar mais forte e dizer mais do que o nome, e destarte, quem fazia política na porta das fábricas e nos movimentos do operariado assim como nas hostes do PT, era “Lula”, jamais Luiz Inácio!

Afinal, era o torneiro mecânico que se atrevia a disputar cargos eletivos, inclusive de primeira grandeza e assim efetivamente fez, nem sempre bem sucedido, quando, p. ex., concorrendo com o Sr. Fernando Collor de Mello.

O candidato, o político, o homem público, era Lula e não, repita-se, Luiz Inácio da Silva.
Era compreensível, portanto, fizesse acrescer a seu prenome, ao praticamente desconhecido Luiz Inácio ─ o fortíssimo “agnome, alcunho, antonomásia, apelido, apodadura, apodo, cognome, cognomento, cognominação, epíteto, prosônimo, titulatura, velacho[3]” ─ “Lula”, que se revelou idôneo para cair no gosto do eleitorado, a ponto, até mesmo, de praticamente suplantar o nome de batismo, “Luiz Inácio”, muito mais e melhor conhecido por “Lula”.

Como adverte a Internet, um “Hipocorístico (do grego antigo ὑποκοριστικός, derivado de ὑποκορίζομαι, ou seja, "chamar com voz suave") é uma palavra cuja formação fonética tem o objetivo de suavizar ou atenuar o som da palavra de que se origina”.

A tal afirmativa autoriza o léxico que nos serve de apoio[4], “modificação do prenome (ou qualquer palavra us. antroponimicamente), pela qual se designa carinhosamente a pessoa na intimidade, estendendo-se tb. a animais de estimação (p.ex., Fafá, por Fátima; Cacá, por Carlos; Chaninho por Bichano)
A tanto acrescenta, sem discrepar, o outro léxico citado[5]: “Diz-se de, ou vocábulo familiar carinhoso: Bibi, Didi, Lulu, Vavá, Zezé, Zezinho”.

E ainda, lembra a Internet, “Lula, forma hipocorística de "Luís", é sua alcunha desde os tempos em que era representante sindical. Posteriormente, este apelido foi oficialmente adicionado ao seu nome legal para poder representá-lo eleitoralmente”.

Tal é o permissivo da vigente Lei Federal 6.015/73, ao dispor em seu artigo 57, parágrafo 3°:
“Art. 57- Qualquer alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandato e publicando-se a alteração pela imprensa. § 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma comercial registrada ou em qualquer atividade profissional”.
À propósito, se averba qualquer ato ou fato que diga respeito ao registro, sem propriamente modificá-lo.
É o que ocorre na espécie.

O nome do ex-presidente da República, “Luiz Inácio” ─ objeto do registro ─ em momento algum foi modificado, apenas acrescido ao Registro Civil das Pessoas Naturais, seu nome abreviado ou hipocorístico, o nome público e politicamente mais divulgado, “Lula”.

A esse respeito vale transcrever, quando mais não for, por simples curiosidade intelectual, o artigo 55 da mencionada Lei dos Registros Públicos, ao determinar que:

“Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se forem conhecidos e não o impedir a condição de ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato”.

Tal como acima se demonstra, o nome civil se compõe do nome ou prenome propriamente dito e dos apelidos de família.

No caso em apreço, Luiz Inácio (prenome) + da Silva (apelido de família).
A esse respeito, do mesmo modo se colhe na Internet, “o sobrenome alemão Schramm originou-se numa alcunha.

Sobrenomes deste tipo constituem uma das mais largas e variadas classes de sobrenomes.
A maioria dos nomes de família dessa categoria derivam de um apodo que se referia a um atributo físico ou traço de personalidade pelo qual o seu portador original era conhecido.

Neste caso, a alcunha Schramm pode ser traçada da palavra do Médio Baixo Alemão"schram", que denotava um "arranhão" ou "ferida de espada".

Portanto, este sobrenome poderia significar uma pessoa que tinha uma cicatriz profunda, resultado de um ferimento recebido em batalha ou talvez, num duelo.

Já no século XIX, tal tipo de cicatriz era tomada como identificação de honra pelos nobres, ou por aqueles que aspirassem à posição de nobreza. Alternativamente, há também casos em que o sobrenome Schramm se tenha desenvolvido da palavra do Médio Alto Alemão"schram", que se referia a uma "fenda, greta".
Aqui, o sobrenome deveria identificar o seu portador inicial como um morador das cercanias deste acidente”.

Essas considerações são feitas para deixar clara a existência na composição do nome, de um prenome e do patronímico, isto é nome de família, já não o dissesse expressamente o artigo 55 (atual 56) da vigente Lei 6.015/73.

Na tradição de nosso Direito, salvo motivos fundados, de induzir a ridículo ou causar situação vexatória, não é possível alterar o prenome.

Dizia o art. 58 da Lei 6.0515/73, que recebeu alteração sibilina, obscura, que o prenome era imutável.
Passou a dizer, em redação claramente infeliz que, “Art. 58. O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios”.

Definitivo[6] corresponde em seu sentido a “tal como deve permanecer; final, ultimado.”, com a devida vênia pondo por manifesto a pouca utilidade da alteração.

De resto, o prenome poderá ser alterado, para ficar nas hipóteses talvez menos sujeitas a questionamento, quando induzir seu portador ao ridículo ou a situações vexatórias.

O saudoso Washington de Barros Monteiro se referiu em seu Curso de Direito Civil, ─ que a tantos ensinou ─ entre outros nomes inadmissíveis a exemplos característicos, tais como, “Rodo Metálico” ou, se nos não falha a memória, a “Himeneu Casamentício das Dores Conjugais”.

Feito esse breve esclarecimento, é fácil compreender que o Luiz Inácio jamais seria capaz de induzir ao ridículo ou de expor a vexames seu portador.

A solução foi criativa e ao mesmo tempo de muita simplicidade.
Como sabido ─ e permite o art. 57, § 1° da Lei dos Registros Públicos ─ Luiz Ignácio fez acrescentar a seu nome, digamos assim, a sua persona pública ou política, Lula, passando, como é notório, a ser conhecido como Luiz Inácio Lula da Silva.

É o quanto mais uma vez adverte a Internet: “Posteriormente, este apelido foi oficialmente adicionado ao seu nome legal para poder representá-lo eleitoralmente”.

O que se alterou ou melhor dizendo, o que recebeu um acréscimo, foi apenas o seu prenome e não os apelidos de família, mantido o sobrenome “da Silva”.

Aqui é que surge, diriam os antigos, o “busílis”.
E, por Yuri Zinatto, extraído do jornal do estudante chez nous: “Durante uma reunião recente, o reitor de nosso Seminário utilizou  a palavra busílis, e para nossa surpresa, escutamos uma pergunta ao lado: Mas quem foi ele?

Vejamos se conseguimos explicar “quem foi ele”.
Em um imenso mosteiro, com grossas paredes, iluminado a luz de velas e repleto de santos monges, espalhou-se a notícia de que mais um noviço acabara de ser recebido. Naturalmente, o novo confrade foi logo instalado em sua cela, e recebeu a explicação dos horários e da disciplina que vigoravam entre aquelas santas paredes. Também lhe foi dito quais as funções que receberia no decorrer das semanas, tais como a de oficiante (responsável por entoar os cânticos), servidor da mesa, curador da regra, e… a função de leitor. Passou o tempo, e chegou a semana em que o novo irmão foi escalado para fazer a leitura na comunidade… Toca o sino! Todos os monges se reúnem na capela, para irem cantando os salmos penitenciais em cortejo até o refeitório. Nesse ínterim, o monge, no púlpito, marcava o que iria ler, logo após a recitação do Ante Prandium. Todos chegaram, tomaram seus lugares, e iniciou-se o cântico. Depois sentaram-se, e o nosso monge começou a leitura, em latim. Estava um tanto inseguro, por se tratar da primeira vez que exercia a função. Ao chegar ao fim da primeira página leu: ”in die“, logo virou a página e pronunciou o que ele acreditava ser a próxima palavra: “busílis” Então os monges, já letrados em latim, pensaram se tratar de uma palavra nova, desconhecida por eles. Tentaram, durante alguns dias, resolver aquela incógnita… Sem resultado algum. Procuraram nos mais variados dicionários, e nada encontraram. Faziam todo o esforço possível, mas não conseguiam resolver o “busílis”! O próprio noviço auxiliava na procura da enigmática palavra, mas era tudo em vão…

Qual não foi a surpresa dos monges, quando foram verificar no próprio livro das leituras, que o termo lido como “busílis”, na verdade se referia à continuação da última palavra da página anterior, a qual, lida corretamente era “in diebus illis” (naqueles dias), e não ” in die busillis”.

Portanto, quando emprega-se o termo “resolver o busílis”, significa o seguinte: descobrir o ponto principal de uma dificuldade, ou problema.

Dessa saborosa versão não discrepam os léxicos[7] onde se encontra:
“substantivo masculino
cerne da questão ou do problema; dificuldade
Ex.: aí é que está o b...”.

E acrescenta: “vocábulo de orig.contrv., busillis 'dificuldade, ponto difícil' tem sido ligado à loc.lat. in diebus illis 'naqueles dias' e atribuída à anedota contada desde o sXII, de um estudante das classes de latim antigas que, ao traduzir o lat. in diebus illis, entendeu-o como Indiae 'as Índias' e empacou no busílis”.

De igual modo, o outro respeitado léxico trazido à colação[8] autoriza a narrativa, ao atribuir a origem da palavra, tal como acima narrado, como sendo originária “Da frase latina (in die) bus illis, ‘naqueles dias’, com sílabas erroneamente separadas”.

É que, tal a origem do apodo “Lula”, acrescido ao nome de nosso ex Presidente, resta meridiano, a nosso sentir, tratar-se ─ tal como se vem expondo, da adoção de um apelido, no sentido já visto de “Alcunha – designação informal para identificar uma pessoa, objeto ou lugar; apodo, o que se colhe no já citado Dicionário Eletrônico Houaiss.

Desse sentir não se afasta o segundo autorizado léxico citado[9], “Designação especial de alguém ou de alguma coisa” (op. cit).

Portanto, o nome de nosso ex Presidente deve ser entendido como, “Luiz Inácio Lula”, prenomes, desde que a Luís Inácio fez ele acrescer Lula.

Até aí, com razão dir-se-á, tudo bem.

O quanto resta equívoco, errôneo e de nenhum conteúdo jurídico é a adoção de tal alcunha pelos filhos do ex-presidente.

É o quanto ocorre com dois filhos de Luiz Inácio como noticia a grande imprensa, Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do primeiro casamento de Marisa Letícia ─ portanto, enteado de Lula ─ e com o irmão dele, Luís Cláudio Lula da Silva.

A erronia do uso do apelido Lula é transparente.

Integra ele a alcunha o prenome do ex Presidente mas, jamais, seus apelidos de família, para que seus filhos ─ um deles enteado ─ pudessem utilizar a alcunha Lula, como parte dos próprios nomes.

Como dizem os romanos, legem habemus e contra a lei vai a adoção desse seu, exclusivo, apelido, como se pudessem constituir nome de família.

A questão é simples.

Simples, também, de entender a ajuridicidade de quanto feito na composição dos nomes dos filhos do Excelentíssimo presidente, ficando a indagação de qual o motivo a tanto teria levado?
Seria óbvia tentativa de estender para eles parte do prestígio do pai?

A resposta cabe ao leitor.

A nós a demonstração, como, data venia, parece ter sido feita, de maneira até mesmo exaustiva, sobre a ilegalidade que gravita em torno desse episódio.

[1] Dicionário Houaiss
[2] Cfr. Novo Dicionário Aurélio
[3] Dicionário Houaiss
[4] Diciionário Houaiss
[5] Novo Dicionário Aurélio
[6] Dicionário Houaiss
[7] Dicionário Houaiss
[8] Novo Dicionário Aurélio
[9] Novo Dicionário Aurélio