Esquenta o clima próximo às eleições no sul da Bahia e aumentam as denúncias de todos os lados. Os ânimos estão mais agitados entre os partidários dos candidatos em municípios como Aurelino Leal, Jussari, Barro Preto, Uruçuca, Santa Luzia, Una e Pau Brasil.
Em Aurelino Leal o Ministério Público Eleitoral teve que recorrer à justiça para tentar evitar que ocorra uma tragédia durante as atividades dos candidatos.
Atendendo a um pedido da promotora Mayanna Ribeiro, a juíza da 73ª Zona Eleitoral, Fernanda Mello, proibiu carreatas, passeatas, caminhadas e bandeiradas ou qualquer outro evento político móvel. A medida foi para evitar o confronto entre os partidários dos quatro candidatos.
Disputam as eleições em Aurelino Leal Antônio Andrade Júnior, o “Junior de Toinho Cearense”, do PSB; Christiano Pablo Alves, o “professor Cristiano”, do PSOL; Elizangela Ramos Andrade, “Liu Andrade”, do PP; e Erick Vasconcelos, do PTB.
Terra sem lei
De acordo com a decisão da juíza Fernanda Mello, está permitida apenas a propaganda por outros meios, como comícios, “bate-papo”, reuniões públicas, desde que em locais fixos.
Além disso, quando houver aglomeração de mais de 20 pessoas a manifestação somente poderá ocorrer nos dias previamente reservados no cartório eleitoral para cada coligação/candidato.
Na representação formulada à Justiça Eleitoral, o Ministério Público alertou para a violência e desrespeito às leis que vinham acontecendo durante os eventos políticos, como agressões físicas, ameaças e transporte de crianças em carroceria.
Foram verificadas outras irregularidades, como motociclistas sem habilitação, crimes ambientais e desrespeito às autoridades. O descumprimento da decisão sujeitará os infratores às penas do art. 347 do Código Eleitoral e multa de R$ 50 mil por evento.
Em Jussari
A eleição em Jussari também virou uma guerra, com provocações e denúncias de agressão física envolvendo partidários dos candidatos Neone Barboza, do PP e Walnio Muniz, do PT.
A atual prefeita prestou queixa na Polícia Civil contra a candidata a vereadora Nilza Conje (PMN) e outros simpatizantes do adversário. Na foto, Neone e Niza.
Neone Barboza afirma que passava por uma movimentada rua, em companhia da filha, quando mulheres que integravam o grupo adversário partiram para cima dela com tapas e puxões de cabelo. Ela perdeu parte do aplique e tinha arranhões pelo corpo.
A candidata a vereadora alega ter sido ela a agredida e prestou queixa contra a prefeita. Ela também mostrou hematomas pelo corpo e alegou que foi agredida no momento em que tentava filmar uma discussão entre a prefeita e um funcionário que cobrava salário atrasado.
Em Barro Preto, Uruçuca, Pau Brasil, Itajuípe, Coaraci, Itapitanga, Itabuna, Ilhéus e Almadina a batalha entre os partidários dos candidatos é mercada pelas agressões verbais. Já em Gandu o fotógrafo Pedro Augusto denuncia que foi vítima de um sequestro-relâmpago na tarde de domingo, 23.
Ele registrava imagens da carreata do candidato Ivo Peixoto quando quatro homens o agrediram e roubaram sua câmera, num local perto do distrito de Água Preta. Os homens estavam, diz Pedro Augusto, em um Fiat Pálio com logomarca da empresa Ganflex.
O fotógrafo identificou dois deles como Vinícius Cruz, candidato a vereador e sobrinho do candidato, e Danilo Meireles, filho do candidato a vice na mesma chapa. Os outros dois homens eram jovens, um negro e um moreno. Pedro trabalha na coligação do candidato Neco Kanguçu.
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