Que apresentam endereços residenciais nos bairros Jaçanã e Lomanto. Os indícios de esquema para desviar dinheiro público são fortes. As empresas recebem milhares de reais por mês, mas não possuem lojas. O endereço de uma delas está incorreto.
Nos últimos anos estão entre as empresas que mais receberam dinheiro público. A confirmação de gastos com as suspeitas é feito pela própria Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), que acaba de divulgar os extratos de contratos e aditivos.
Neles, a Emasa informa que gastará R$ 540 mil sem licitação, sendo R$ 471 mil em aditivos. As empresas suspeitas são sempre beneficiadas com aditivos.
De acordo com a Emasa, no dia 24 de setembro foi assinado, com a Quimil Ind. e Com., o termo aditivo 3 ao contrato número 070/2009. O documento determina a prorrogação da vigência do contrato de prestação de serviço de assessoria técnica, com transferência de tecnologia.
O contrato prevê ainda “o fornecimento de produtos químicos para tratamento e adequação de água potável produzida através das Estações de Tratamento de Água nos sistema de água operadas pela Emasa”.
O contrato com a empresa foi prorrogado por um ano, mas o presidente da Emasa, Geraldo Briglia, omitiu quanto isso custará aos cofres da empresa.
Sortuda
Com a empresa Hidroplastik Comércio de Materiais de Construção, a Emasa firmou quatro termos aditivos. Isso ocorreu no dia 26 de setembro. Os aditivos para beneficiar a empresa foram feitos aos contratos 049/2012, 050/2012, 051/2012 e 052/2011.
Mesmo sem saber quem seria o prefeito a partir de 1º de janeiro de 2013 e quem comandaria a Emasa, os quatro contratos foram prorrogados por seis meses. Segundo a empresa, o primeiro contrato foi para a venda de tubos e conexões em PVC para a manutenção da rede de esgotos.
Pelo aditivo, a Hidroplastik receberá, pelo contrato 049/2012, exatos R$ 164.136,81, valor que corresponde a 25% do original contratado. O segundo aditivo foi de R$ 75.789,00, que também correspondeu a 25% do valor original contratado.
O segundo contrato foi para o suposto fornecimento de tubos e conexões PVC para rede de esgoto. O terceiro contrato que teve aditivo foi, de acordo com a Emasa, para fornecimento de tubos e conexões para rede de ferro fundido. Pelo aditivo, a Hidroplastik receberá R$ 68.065,75.
Para o quarto aditivo, não foi informado o valor. O contrato prevê o fornecimento de material para “hidrometração referente ao lote 04 da concorrência 001/2010”. Tudo indica que os quatro aditivos com a empresa de materiais de construção foram feitos no mesmo dia e horário.
Hidroferro
Quem também conseguiu um aditivo ao contrato foi a Hidroferro Comércio e Representação de Materiais de Construção. Ela também conseguiu uma prorrogação de seis meses em um contrato de R$ 164.773,88 para tubos e conexões para infraestrutura em rede de água e esgoto.
O detalhe é que o telefone da empresa é o do escritório do contador Silvio Amancio Nascimento, que trabalha tanto com a Hidroferro quanto com a Hidroplastik.
Embora tenha assinado contrato com valores altos, a Hidroferro fica numa casa residencial na Rua Tertuliano Guedes de Pinho, 150, bairro Jaçanã. A situação se repete com a Hidroplastik, que informou endereço do bairro Lomanto, mas o número é do bairro Nova Itabuna.
Nos dois endereços, a reportagem de A Região não encontrou os materiais que a Emasa informa em contrato que comprou nas duas “lojas”. O Ministério Público Estadual (MPE) precisa visitar os endereços em que supostamente estão instaladas as empresas.
O da Hidroplastik é outra casa, mas esta ainda em construção, sem qualquer condições de manter ou vender materiais de construção. A reportagem não conseguiu localizar os representantes das empresas na sexta-feira, 5, pela manhã.
Com Informações: A Região.
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