terça-feira, 1 de março de 2011

Promotor pede prisão de Nenê Constantino

Para Ministério Público, empresário está ligado à tentativa de assassinato de seu ex-funcionário

Foto: Felippe Bryan Sampaio, iG Brasília
Promotor Bernardo Urbano
 pede a prisão preventiva de Nenê Constantino
O promotor Bernardo Urbano, do Tribunal do Júri de Taguatinga, em Brasília, pediu a prisão preventiva do fundador da Gol Linhas Aéreas, Nenê Constantino. De acordo com ele, o empresário está ligado à tentativa de assassinato de seu ex-funcionário, João Marques dos Santos, baleado no último dia 18, conforme revelou o iG. O pedido está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), que deve decidir sobre a prisão ainda hoje.
Nenê era esperado no Tribunal do Júri de Taguatinga nesta manhã, mas não compareceu ao local. De acordo com a assessoria de imprensa do TJDF, os advogados alegaram que o empresário está em São Paulo e se sentiu mal na noite de ontem.
Apesar da falta, o promotor pretende seguir com as oitivas agendadas para esta terça-feira. Entre elas está João Marques, co-réu no processo em que Nenê é acusado de mandar assassinar um grileiro que invadiu a garagem de ônibus de uma de suas companhias. Em depoimentos prestados à Justiça, Marques disse que o empresário foi o mandate dos crimes.

Noutro processo, em que Nenê é acusado pela tentativa de assassinato de seu ex-genro, Marques é testemunha de acusação. Como ele faz parte dos dois casos, Urbano fez o pedido de prisão preventiva para os dois juízes que cuidam das ações.

Além de Marques, Urbano também pediu a prisão de Vanderlei Batista Silva, homem de confiança de Constantino. Segundo o MP, ele estaria coagindo Marques para que mudasse seu depoimento e também teria participado da tentativa de assassinato.

Depoimento
A previsão é que o novo depoimento de Marques seja tomado nesta tarde, uma vez que a defesa de Constantino conseguiu uma ordem judicial para que todas as testemunhas de acusação sejam ouvidas antes das de defesa.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Nenê. Seu advogado, Alberto Toron, disse que se pronunciaria sobre o caso em uma hora.

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