quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Onde está o dinheiro?


Muito provavelmente, você viveu nos últimos tempos da inflação. Eu me lembro, por exemplo, dos gibis e picolés vendidos com código na capa e na embalagem – esse código representava um preço que mudava toda semana, um desastre para quem vivia com uma mesada que não era reajustada na mesma velocidade. Naquela época, falar em crédito era quase um palavrão – a correção monetária desenfreada tornava impossível que as pessoas se planejassem a longo prazo.

Hoje, a situação é bem diferente. Segundo a empresa de consultoria e pesquisa em crédito Lafferty, o setor de cartão de crédito e débito no Brasil deve ter uma lucratividade de aproximadamente R$7 bilhões este ano, o que nos colocaria na terceira posição mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. Todos esses cartões estão sendo absorvidos, principalmente pelas classes C e D, que passaram a ter acesso a mais serviços bancários. Com a poupança e um ou outro fundo básico, vem o cartão de crédito, que lhes dá liberdade para conquistar alguns sonhos.

E a melhor notícia: o brasileiro, em geral, não tem receio de fazer compra em sites de boa reputação na internet. Segundo o Índice e-bit/Internet Segura, em julho e agosto de 2010, o índice de confiança no comércio eletrônico bateu os 87,29% – o melhor desempenho desde que a confiança do internauta começou a ser medida, em fevereiro de 2009.

Confiando mais, a população compra mais. Espera-se que o comércio eletrônico feche o ano de 2010 com um faturamento de R$15 milhões, contra R$10,8 milhões em 2009.

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