Em entrevista coletiva, Peter Poschen, um dos autores do relatório, explicou que na elaboração do documento foram consultados mais de 20 estudos com diferentes estratégias de economia verde sobre o emprego mundial.
Segundo Poschen, os resultados sobre emprego podem variar de um país para outro, o que explica a diferença do relatório sobre a criação entre 15 e 60 milhões de postos de trabalhos. As respostas dependem das políticas adotadas, cenários em que sejam desenvolvidos e objetivos.
Enquanto isso, o diretor-geral da OIT, Juan Somavía, denunciou que o modelo de desenvolvimento atual é ineficaz e insustentável para o meio ambiente e as sociedades, por isso reivindicou a necessidade da adoção urgente de um enfoque sustentável.
No entanto, Somavía disse que o relatório transmite 'uma mensagem positiva', pois considera que o modelo da economia verde pode melhorar a situação de milhões de pessoas que vivem na pobreza.
O estudo destaca que as experiências da Colômbia e Brasil, onde foi organizado um sistema de recolhimento de resíduos sólidos. Para Somavía, estas medidas podem gerar importantes benefícios econômicos para cerca de 20 milhões de pessoas.
Em contrapartida, o diretor destacou que a economia verde também pode eliminar postos de trabalhos. Apesar disso, o relatório considera 'exageradas' as preocupações pelas eventuais perdas de emprego nos setores econômicos tradicionais e garante que a transição a uma economia verde afetará somente 1% da força de trabalho mundial.
Além disso, o estudo conclui que o lucro líquido para o emprego serão maiores nos países emergentes, onde há a oportunidade de avançar diretamente em direção ao uso de tecnologias verdes e evitar assim os custos associados à substituição de infraestruturas e empregos obsoletos.
Segundo o relatório, tanto nos Estados Unidos como no Brasil, atualmente três milhões de pessoas têm empregos relacionados com produtos e serviços ambientais, enquanto na Espanha 50 mil pessoas estão empregadas nesse setor. EFE
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