Os abusos cometidos pelos programas policialescos na Bahia levaram jornalistas como André Setaro, Claudio Leal e Vitor Hugo Soares a assinar petição pública endereçada ao governador Jaques Wagner, Ministério Público e Defensoria Pública. A petição foi motivada por uma reportagem da jornalista Mirela Cunha, do programa Brasil Urgente, edição Bahia, da TV Bandeirantes.
Mirela entrevista Paulo Sérgio, acusado de estupro, grita com o suspeito de estupro e o obriga, várias vezes, a repetir a palavra próstata.
Na avaliação dos jornalistas que criaram o abaixo-assinado, a repórter submeteu o entrevistado à humilhação e agiu de forma antiética, além execrá-lo. A petição aponta a responsabilidade, também, da direção do programa, do apresentador Uziel Bueno e da emissora, que levou a entrevista ao ar.
Diz um trecho da petição, que está na internet: “Sob a custódia do Estado, acusados de crimes são jogados à sanha de jornalistas ou pseudojornalistas de microfone à mão, em escandalosa parceria com agentes policiais, que permitem interrogatórios ilegais e autoritários, como o de que foi vítima o acusado de estupro Paulo Sérgio, escarnecido por não saber o que é um exame de próstata”.
POLÍCIA CIVIL PROMETE APURAR EXCESSO
O vídeo original foi retirado do Youtube pela Band, mas ganhou cópia com legenda que ataca a repórter (assista ao clicar aqui). A pressão dos jornalistas e a repercussão nas redes sociais levaram o comando da Polícia Civil baiana a divulgar nota.
O comando da polícia promete apurar responsabilidades quanto à entrevista. Paulo foi preso em Salvador e a entrevista ocorreu na Delegacia de Itapuã. Por meio da assessoria, o comando também cita que existe portaria (113/2008) que disciplina a divulgação de ocorrências.
Confira aqui o abaixo-assinado contra os excessos dos programas policialescos
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